segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Veneno

"Coisa do coração", pensou a razão. Num momento de emoção, causada pela sensação de falta de direção.
Crer é o que me mantem são.
Ou desisto, então.
Une-se à ele a tentação. De saber o que há por trás de toda aquela improvisação.
Dedos ágeis, mente honesta, brilho e aparição.
Oh, não! quanta imaginação em segundos tão poucos, entre o olhar, a fala e a respiração.
Ignorando a tentativa de não aceitação.
Entretanto, não lhe faltou motivação.
Nada de reflexão.
As coisas são como são, deixa ver onde elas dão.
Momentos de refelxão nunca resolveram e nunca mesmo resolverão.
O charme é intimo da perdição e colore os caminhos da enganação.
Palco de uma grande interpretação.
Todo o bem querer em vão.
A rejeição.
Inusitada maldição.
A perda do chão.
A recordação que traz a canção.
A distancia das cores do verão.
A acidez de um limão.
A solidão e dias de cão.
O controle que escorrega pelas mãos.
O desejo de se tornar um ermitão, enquanto o tempo só conhece a lentidão.
Nenhuma solução.
Interrogação.
E à espera da fé, da benção, da superação.
Culpa da paixão.

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