segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Na nossa casa

Quando anoiteceu
Nenhuma luz na nossa casa se acendeu
Aonde você estava?
Aonde estava eu?
Se tudo parecia nada, ainda assim o nada era mais do que você deixou
No fim
Quanto anoiteceu
Quando algo em que a gente acreditava se perdeu
Por onde você andava?
Por que não me socorreu?
Não é o fim do mundo
É só o fim de tudo o que fomos nós
Sem flutuar e sem tocar o fundo, sempre sós!

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Haverá paradeiro para o nosso desejo dentro ou fora de um vício?
Uns preferem dinheiro, outros querem um passeio perto do precipício.
Haverá paraíso sem perder o juízo e sem morrer?
Haverá pára-raio para o nosso desmaio no momento preciso?
Uns vão de pára-quedas, outros juntam moedas antes do prejuízo.
Num momento propício haverá paradeiro para isso?
Haverá paradeiro para o nosso desejo dentro ou fora de nós?

Paradeiro - Arnaldo Antunes e Marisa Monte.

terça-feira, 29 de setembro de 2009


...Tudo se tentou, tudo foi feito...
Então, enfim, apaguei seus sinais!

Tell me, do you remember?

Era o mundo lá fora.
Eram idéias distintas, respeitadas.
Era futuro.
Eram duas escovas de dentes no mesmo armário.
Era sexo sintonizado.
E troca de segredos. Por quantas vezes o raio x da alma?
Seguido de um sorriso envergonhado.
Era musica boa.
Era vontade de dançar. Era domingo.
Era melhor!
Era antes da bifurcação.
Mas ainda prefiro sentir, à frieza da certeza.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Sinonimo

Calmaria de sorriso perfeito.
Inteligencia com bom humor.
Bom senso e ouvidos atentos.
Nenhuma exigência.
Comentários ponderados.
Carne que os dedos gostam.
Garra que admiro.
Beijo longo.
Sardas desenhadas.
Olhar doce.
Voz de paz.
Melodia.
Alegria no meio de uma tarde gris.
A areia sob o pés.
A chuva sobre a cabeça.
Sinonimo de inesperado.
À beira da distância.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Nicole

Veio sem planejamento, pegou todo mundo de surpresa.
Mediante à uma tempestade de acontecimentos, de gente que se não se entendia, de gente que fugia da ideia da sua existência e de gente que se preocupava com o que seria dela.
Os meses foram passando, e ela foi tomando uma proporção cada vez maior. Foi crescendo e tomando seu espaço, se fazendo notar pelo tamanho e pelas reações de quem a carregava.
Os sentimentos foram aparecendo, mesmo naqueles que tanto resistiram. Uns deprimiram, outros se prepararam, eu só queria ouvir a sua voz e ver o eu sorriso, o resto vem depois.
Apressada como eu, devia estar ansiando pra conhecer o mundo lá fora e um pouco antes do seu tempo, ameaçou fugir. Mas não era sua hora, teve que esperar. E nós também.
Mas ela chegou.
De sorriso banguelo, cara enrugada, careca e incrivelmente linda. Parecida com ninguem, só um pedacinho de carne distribuido entre perninhas magrinhas, barriguinha, bochechas com cheiro de leite e dedinhos minúsculos, como de boneca, que apertaram ao meu dedo indicador como se me reconhecesse. Como se dissesse: eu sei que você estava me eperando!
Eu chorei de emoção.
Eu queria ficar a vida perto dela, mas não é assim.
Tambem por ela, vou onde puder alcançar, pra poder um dia ajudá-la a realizar seus sonhos.
Rezo pela sua caminhada, pra que tenha flores, pra que tenha paz, pra que tenha amor.
E que eu consiga ser pra ela o que ela precisar de mim.
Bem vinda ao mundo, Nicole. Eu te amo.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Viver é bom demais!

Cheguei lá morrendo de medo. Não estava nos meus melhores dias.
Passei um primeiro dia de expectativas e frios na espinha inteirinha.
Caí na Central do Brasil, com rostos conhecidos a afago de gente querida.
Conheci um pedaço do paraíso, no Recreio, em meio à leveza e o papo furado de um dia de folga.
Muito bem acompanhada.
Cheguei em Ipanema, com a certeza de encontrar no mínimo 3 pessoas agradáveis.
Mas a vida é mesmo incerta.
Encontrei mais de 20.
Me apeguei à sotaques, sorrisos, histórias, costumes, amenidades, belezas.
E foi ficando melhor. Todos os dias seguintes seriam melhores que os anteriores.
Amores.
Me apeguei tambem aos abraços, aos carinhos, as palavras doces.
O dia ia acontecendo como um sonho bom, mas era melhor, era real.
Senti na pele que a vida é muito mais do podemos crer.
Fui tão querida e tão bem quis à todos, que passaria um tempo bem imesurável em suas companhias.
Cada um teve a sua importância e pra mim foi muito mais do que um fim de semana muito agradável.
Foi o encontro de pessoas que me trouxeram de volta à vontade de rir, de conhecer, de me mostrar, de ser eu mesma.
E era pra acontecer, eu sei.
Agora, a promessa de novos encontros, a vontade clara de reviver e fazer outras histórias. a afeição doce de quem me viu como eu sou e a reciprocidade.
Me apaixonei, mais de 20 vezes.
Estão todos aqui guardados.
A voz tão suavemente forte do Ander, o olhar meigo do André, a diversão que é Eduardo (SP), a meiguice do Du (CTBA), a carência gostosa do Rodrigo, a inocência do Rafael, a sensualidade simples da Lu, o sorriso aconchegante da Tati, as sacadas do Luís, as loucuras da Marwaiza, os olhinhos pequenos da Pati, a disposição da Lili, a beleza estonteante dos curitibanos Paulo, Dani e Yo, a simplicidade da Fabíola, o acolhimento das Ju´s, amizade importante da Rê, a delicadeza do Emanuel e o que causou todo o esse entrosamento, a alegria do Raul!
É o que eu digo, tamo junto? E misturado!!!
Todo o meu carinho pra vocês!

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Veneno

"Coisa do coração", pensou a razão. Num momento de emoção, causada pela sensação de falta de direção.
Crer é o que me mantem são.
Ou desisto, então.
Une-se à ele a tentação. De saber o que há por trás de toda aquela improvisação.
Dedos ágeis, mente honesta, brilho e aparição.
Oh, não! quanta imaginação em segundos tão poucos, entre o olhar, a fala e a respiração.
Ignorando a tentativa de não aceitação.
Entretanto, não lhe faltou motivação.
Nada de reflexão.
As coisas são como são, deixa ver onde elas dão.
Momentos de refelxão nunca resolveram e nunca mesmo resolverão.
O charme é intimo da perdição e colore os caminhos da enganação.
Palco de uma grande interpretação.
Todo o bem querer em vão.
A rejeição.
Inusitada maldição.
A perda do chão.
A recordação que traz a canção.
A distancia das cores do verão.
A acidez de um limão.
A solidão e dias de cão.
O controle que escorrega pelas mãos.
O desejo de se tornar um ermitão, enquanto o tempo só conhece a lentidão.
Nenhuma solução.
Interrogação.
E à espera da fé, da benção, da superação.
Culpa da paixão.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

A verdade dói!

Mensagem do tarot hoje: Nem tudo o quero posso, nem tudo o que posso quero. Se insisto em querer aquilo que não posso, a ruina e a destruição são o caminho. Mais claro que isso, só a neve. Tá bom então!

sábado, 22 de agosto de 2009

Dove sei??

Antes era só uma expectativa. De vida conjunta, de sonhos compartilhados, de promessas de amor sem fim. Bati na porta mais de 3 vezes, me deixando dominar por aquele sentido feminino, pisciano, traidor. Tamanha minha insistência, ela se abriu e eu entrei. Entrei com o corpo, com todo o sentimento, com toda a vida ao redor e encaixei ali. O espaço era pequeno, mas eu ajeitei tudo, amontoei algumas coisas pra depois ordená-las, esperando a permissão. Tive de ir jogando coisas pela janela, esquecendo a importância delas, fingindo não serem essenciais...não mais do que segurar aquilo que sobrava e estender a ponto de serem suficientes. O coração aguenta, pensei eu. A mente, eu administro. Engano meu. Levei quase 5 anos pra confundir toda uma vida. Há quase 5 meses e eu entendo aos poucos, muito lentamente. Já não administro mais a mente, só o corpo e as vezes ele se rebela e treme, se torce, dói. Muitas delas, esse fluído insiste em se externar e deixa meu rosto inchado, feio, triste. Dias de chuva, dias de sol, dias...se arrastam...os dias. E as noites. Os risos são espasmos, literalmente. A expetativa é só o passado...ainda muito presente. E a vida, vai bem...em algum lugar, turista. Espero que suas férias acabem logo.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Pirlimpimpim

Coisas que espero da tecnologia (no mundo de hoje é possível sonhar com tudo, vai!): - Controle remoto que pare o mundo por mais umas 2 horinhas quando o despertador toca às 7 e eu ainda estou morreeeendo de sono; - Alface, com caloria de alface nos sabores brigadeiro, beijinho e doce de leite; - Pílula do cabelo liso; - Chip do esquecimento para assuntos aleatórios, de acordo com a necessidade do momento; - Capa que me torne invisível; - Tênis com a opções: ir a pé, ir voando, ir flutuando; - Aparelho multiplicador de salário; - Cigarro sem cheiro algum; - Oculos de ler pensamentos; - Academia virtual. Você olha e emagrece (enquanto fuça a vida dos outros no orkut); - Varinha de condão que transforma sapatos e roupas velhos nos da ultima moda; - Glandula sudorípara que exala perfumes importados, com direito à 3 opções, renováveis a cada 6 meses, - Manual prático de como conquistar, entender, dominar e abusar sexual e financeiramente de um homem muito bonito e rico. Acho que é só!

Quem é vivo, sempre some!

"Eu caí em mortais labaredas, e a mente sobreviveu!" Andei distante, eu sei. Muitas coisas aconteceram nesse tempo, andei sem vontade de postar. Como estou lutando contras as minhas vontades de nada fazer, voltei aqui, talvez pra saber que eu não sou a unica descontrolada desse mundo. Daqui pro resto, vou tentar dar uma passadinha de vez em quando. Eu gosto, não pensem mal de mim. É que dor de cotovelo trava as pernas, os braços, os dedos e os pensamentos. Por enquanto, no aguardo da roda girar . No suburbio, nada está igual. Novidade , mal quista, demorada. Sem dia nem hora pra acabar, que saco! Seria muito mais facil com previsão, assim a gente se programa e economiza energia, não faz papel de bobo, evita o drama e a vergonha que vem na sequencia, aquela ressaca moral que não há dipirona ou paracetamol que curem. Afundada no trabalho, esperando uma proposta maravilhosa de ir pra Vênus, com tudo pago, massagista 24 horas à disposição, perda de memória e passagem grátis com hospedagem pra ir à Marte de vez em quando. Esperando...isso não mudou.