sábado, 3 de novembro de 2007

Não enche!

Não mereça minhas mágoas.
Não construa habitat para as minhas causas, pois se necessário, abrigá-las-ei. Não seja merecedor da minha fúria e nem faça jus às minhas maledicências.
Não se esconda atrás da equidade divina e marque com um ponto final as suas crises.
Não me convença à abandonar a pecaminosidade contida na sede de justiça com as próprias mãos se não for me convencer também à deixar a carne do meu corpo.
Não me dê pretextos que me levem à sentimentos torpes, por que eles tomam conta das minhas faculdades antes mesmo que eu possa querer impedi-los.
Não me peça perdão sem se arrepender e não espere de mim compaixão pelos seus infortúnios.
Não dê desculpas obvias aos seus deslizes e nem aos meus.
Não encha os meus ouvidos com histórias tristes e nem dê espaço para as minhas conclusões. Se não tem intrepidez, matenha distância.

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